O 13º salário, oficialmente chamado de gratificação natalina, é um benefício anual concedido a milhões de trabalhadores brasileiros. Instituído em 1962, ele representa uma importante renda adicional para os empregados no final do ano. Em 2024, os prazos, valores, direitos e descontos sobre o 13º salário continuam a ser tópicos centrais para empregadores e empregados, principalmente no que diz respeito ao cumprimento da legislação trabalhista.
Este benefício é pago em duas parcelas e tem o objetivo de reforçar o orçamento dos trabalhadores em uma época de despesas mais elevadas, como festividades de fim de ano, compra de presentes e planejamento financeiro familiar. Porém, o que parece um direito simples envolve uma série de regras, prazos e procedimentos que são importantes tanto para o empregador quanto para o empregado entenderem.
Prazos de pagamento do 13º salário em 2024
A legislação determina que o 13º salário seja pago em duas parcelas anuais, com datas específicas. A primeira parcela deve ser depositada até 30 de novembro, enquanto a segunda parcela tem o prazo final em 20 de dezembro. A primeira parte corresponde a 50% do valor total do benefício, sem descontos. Este pagamento adiantado é um dos principais mecanismos para auxiliar o trabalhador a lidar com o orçamento de fim de ano.
A segunda parcela, por sua vez, é onde ocorrem os descontos de Imposto de Renda (IR) e de contribuição previdenciária ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Estes descontos sobre o valor total do 13º fazem com que o valor líquido final seja menor do que o valor bruto originalmente calculado. Empresas que optarem pelo pagamento em parcela única têm o prazo máximo para pagamento até 30 de novembro.
Quem tem direito ao 13º salário?
O 13º salário é garantido a todos os trabalhadores brasileiros que tenham vínculo formal com empregadores, independentemente do regime de contratação, abrangendo trabalhadores urbanos, rurais, domésticos e avulsos. Para ter direito ao benefício, o trabalhador deve ter exercido suas atividades laborais por pelo menos 15 dias ao longo do ano.
Entre os beneficiários também estão aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que recebem o 13º salário em datas específicas estabelecidas pelo órgão previdenciário. Aqueles que recebem auxílios, como auxílio-doença, auxílio-acidente e auxílio-reclusão, também têm direito ao benefício, desde que o recebam por um período mínimo de 15 dias.
Como calcular o valor do 13º salário
O cálculo do 13º salário é proporcional ao tempo trabalhado, com base no salário bruto do empregado. Para cada mês trabalhado por ao menos 15 dias, o trabalhador tem direito a 1/12 do valor do seu salário mensal. O cálculo exato é feito seguindo a fórmula:
- Dividir o salário bruto mensal por 12 para obter o valor proporcional a um mês de trabalho.
- Multiplicar o valor mensal pelo número de meses efetivamente trabalhados no ano.
Por exemplo, um trabalhador com um salário bruto de R$ 4.000,00 e que trabalhou durante todo o ano receberá um 13º salário de R$ 4.000,00. Contudo, se trabalhou apenas seis meses, o valor do 13º será reduzido pela metade, totalizando R$ 2.000,00.
Descontos aplicáveis ao 13º salário
Embora o valor do 13º salário seja inicialmente calculado com base no salário bruto, ele é passível de alguns descontos, aplicados na segunda parcela. Os principais descontos incidem sobre:
- INSS: A contribuição previdenciária do empregado é descontada sobre o valor total do 13º salário, respeitando as alíquotas definidas pela tabela do INSS.
- Imposto de Renda: O desconto de IR é calculado conforme a tabela progressiva da Receita Federal, que considera o valor integral do 13º.
Esses descontos podem reduzir o valor final a ser recebido, impactando o orçamento familiar do trabalhador, mas são fundamentais para garantir que o pagamento esteja em conformidade com as obrigações fiscais e previdenciárias do país.